quarta-feira, 11 de junho de 2008

Tô bolada!

Não, não acho que nada vá dar errado. E nem estou querendo gorar nada. Só estou começando a pensar um pouquinho mais sobre o andamento que quero dar para festa, e é aí que vem o bolo. O que fazer com o bolo? Ainda mais um bolo lindo daqueles, e que promete estar delicioso.

Tem uma coisa que sempre me incomodou deveras em casamentos. Quando chegamos à recepção, lá está aquela mesa linda, com um bolo chiquérrimo, muito glacê branco, massa americana e, quem sabe, o casalzinho no topo prenunciando o início de uma vida onde 1 passa a ser 2. Tanto açúcar e afeto para quê? Para ser servido no meio da festa, quando dois terços dos convidados estão na pista e o outro terço já se mandou. Aquela obra-prima de repente se divide em fatias e ninguém nota. Quer dizer, notam sim, e sentem-se ligeiramente expulsos da festa. "Beleza, o bolo já foi servido, então é hora de se mandar". Mas se o bolo é uma coisa assim tão simbólica (alguém consegue imaginar um casamento sem bolo?), por que ele recebe tão pouca atenção assim?

Minha idéia é fazer do bolo mais um ritualzinho, algo que as pessoas vejam acontecer, "Olha, estão cortando o bolo". Mas para isso, seria necessário cortá-lo muito antes da hora tradicional. Na minha concepção do que seria ideal, o bolo seria cortado, e quem sabe servido, antes que a pista realmente começasse a pegar fogo. Por outro lado, sendo servido mais tarde, a bomba de glicose ajuda aos convidados mais entusiasmados a recuperarem um pouco da dignidade diluída no álcool.

Será que eu consigo?

Para os não-cariocas de plantão, quando alguém diz "estar bolado", está querendo dizer que está desconfiado, suspeitando que há algo de podre no reino da Dinamarca etc.

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