quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Buquês


Não sei de onde vem essa tradição de pegar o buquê da noiva, mas sei que nunca havia posto as mãos em um buquê antes(com exceção de quando tinha 5 anos e fui daminha da minha tia). Começo de namoro, medo de assustar o rapaz, acabo tomando coragem e convidando para uma prova de fogo: um casamento em família.

Tudo bem que os pais já haviam sido apresentados. Mas casamento é casamento. Começa com a pressão de estar em um lugar festejando aqueles que "resolveram dar o passo adiante", que pode ser ainda maior para quem já passou dos trinta. E piora tudo quando um dos noivos é um membro familiar, o que significa inevitavelmente conhecer boa parte da parentada. Sendo boa garota de família que sou, amo primos e tios profundamente, mas sei o impacto que aquela gente toda reunida pode causar. Fora o fato de, uma vez em São Paulo, aproveitar para apresentar membros do outro lado da família. Foi vó, vô, tio, primo, tio-avô, primos em segundo e terceiro grau e o que mais pudermos imaginar.

O fato é que o incauto achou que poderia ser uma experiência divertida. E aceitou o convite. Mas podia ele saber que, além de chá de família ainda iria ter que ver a nova namorada de buquê em punho. Ele diz que não valeu por vários motivos: a noiva fez cinco mini buquês e, em vez de arremessar, brincou de cabra-cega. Mas permanece a foto: lá estou euzinha que vos falo com flores na mão. E nem precisei brigar por elas.

Resolvido!!

Ontem demos o ok final para a gráfica, depois de algumas pequenas correções, um novo pedido de orçamento e várias risadas compartilhadas com os padrinhos sobre um texto engraçadinho a ser incluído. Explico-me:

Segundo a pessoa que nos atendeu na gráfica, é praxe colocar o horário no convite meia hora mais cedo do que se espera começar de fato. Tudo bem que dificilmente conseguiremos começar às 21 e zero minutos, mas não queremos também colocar 20:30 só porque é a praxe. Por mais espetacular que seja, um casamento não é uma peça de teatro ou uma sessão de cinema. Estamos sujeitos a todo tipo de imprevisto, até mesmo um dos nubentes (palavra boa, não?) ser preso. Ser preso? Bom, isso é uma história real para outro post. Enfim, o que quero dizer é que provavelmente haverá algum tipo de atraso, mas pretendemos que ele seja limitado ao máximo.

Não ousamos excessivamente no nosso convite. Tampouco optamos pelo tradicional. Procuramos dar um tom leve, descontraído, mas sem resvalar para a comédia explícita. Mas recebemos algumas sugestões divertidas dos padrinhos. Aí está a lista:

talvez os padrinhos se atrasem.

após o terceiro sinal não será permitida a entrada na cerimônia. o dinheiro não será reembolsado.

quem se atrasar perde o direito de pegar o buquê

Nós fizemos a nossa parte. Agora é a sua vez, chegue na hora

Por favor não atrase, periga um dos noivos entrar em pânico e mudar de idéia

Não atrase. Quanto mais rápido for a cerimônia, mais cedo começa a festa

Queremos muito nos casar logo, portanto, não se atrase!

Se alguém quiser copiar, por favor fale com Raquel ou Renê.

Agora começa a triste hora de colocar todos os nomes no papel e iniciar o processo seletivo. Quem foi que disse que casamento não tem nada a ver com o mundo dos negócios?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Konvites

Mês novo, pendência nova resolvida. Ou pelo menos encaminhada...

Ontem finalmente demos um passo definitivo com relação aos convites. Depois de uma visita de uma hora e meia à gráfica (e de sair de lá apenas com uma idéia mais ou menos definida do que fazer) e outra de quase uma hora, com direito a lição de casa, sentamos, discutimos (não a relação!), e decidimos. Quer dizer, tudo ainda pode mudar, mas digamos que não é exatamente essa a intenção.

Confesso que até fico um pouco receosa com relação às minhas próprias exigências; ap contrário da noiva tradicional, que sonha com um casamento branco, eu quero algo mais. Aceito as tradições, desde que elas façam algum sentido para mim. E aquele convitão enorme, aquele desperdício de papel, com aquela letrinha imitando letra de mão para dar o tom de pompa e circunstância, aquela mania de escrever "às vinte e uma horas do dia trinta e um de janeiro..." são apenas um símbolo do medo de ousar.

Não que eu seja a personificação da ousadia. Muito pelo contrário até, já que uma das minhas batalhas interiores constantes é me desapegar da preocupação sobre a idéia que os outros farão. Por outro lado, enquanto atriz/professora, o efeito que causo nos outros é instrumento de trabalho. E viva a dicotomia! Enfim, sem me perder em devaneios outros, eu queria apenas algo que, de certa maneira, pudesse dar o tom, o nosso tom, mostrar quem somos e o que as pessoas poderão esperar.

O que diz um envelope vermelho? Bom, isso ficará a cargo de quem recebê-lo. A nossa parte já foi feita.

Nota: o título do post é por causa da nossa gráfiKa